A pressão demográfica exercida por um turismo desordenado ou descontrolado, a constante diminuição de pluviosidade consequência do aquecimento do Globo Terrestre, o seu assoreamento natural inflacionado pela movimentação constante dos solos, a constante introdução no curso dos seus afluentes de produtos químicos e resíduos urbanos e industriais, provenientes da falta de prevenção e organização dos perímetros habitacionais sedeados a montante da Lagoa estão a influenciar negativamente o equilíbrio natural deste habitat.
Compete-nos a todos criarmos sinergias, para com os meios existentes, regulamentados pelo Estado Português e os projectos de iniciativa local, ordenar-mos os seus acessos, a sua envolvente paisagística, os seus observatórios quer ao nível de estudo quer ao nível do turismo natural integrado, tendo como exemplo o “ Parque Nacional de Donãnha “ similar em toda a sua área de implantação e no seu habitat. Para que as sociedades actuais, bem como as gerações vindouras, tenham a possibilidade de contemplar estes patrimónios únicos que a natureza se encarregou de criar.
A construção de um edifício para instalação da Sede da Reserva Natural da Lagoa de Santo André, a criação de parques fechados em ambiente natural para espécies animais a construção de um museu da Lagoa, de um aquário e de um auditório será uma realidade futura, para podermos proporcionar à população residente, ao turismo, aos estudantes, aos biólogos, aos ecologistas, ao Mundo o privilegio da existência deste ecossistema.